A greve nacional dos servidores federais em saúde e previdência social iniciada na última quarta-feira, 23 de março, vem crescendo. No Piauí, a maioria dos serviços de atendimento presencial está parada e as agências do INSS vazias. 

O Sintprevs-Pi encaminhou ofício ao ministro da Casa Civil, senador Ciro Nogueira (PP-PI), para que este intervenha no sentido de que o governo federal abra um canal de negociação com os servidores. 

Inacio Schuck, do Comando de Greve, destacou que o governo federal não tem mostrado interesse em negociar: "Estamos quase no final desse governo amargando aumento da inflação, do custo de vida e sem reajuste salarial há mais de cinco anos e, o governo até hoje nunca sentou numa mesa de negociação sequer para ouvir os servidores".   

Por enquanto, apenas serviços prioritários estão sendo mantidos funcionando, como as perícias e outros serviços já previamente agendados. "Agora, a partir do dia 30 de março, os peritos também vão entrar em greve", ressalta Antônio Machado, que é presidente do Sintsprevs-PI.  

A Fonacefe e a Fenasps estão com uma virgília montada em frente aos ministérios da economia e trabalho, em Brasília. A intenção é pressionar e conseguir marcar uma audiência com o ministro do trabalho, Onyx Lorenzone, para abrir um canal de negociação. 

Entre as principais reivindicações estão: reajuste emergencial de 19,9%, referentes as perdas ocorridas dos últimos dois anos e também e a imediata contratação por concurso público, pois só no INSS tem uma defasagem de 23 mil servidores. 

A pauta também consta melhores condições de trabalho para atendimento ao público, reajuste da tabela do imposto de renda e a reestruturação das carreiras com o fim das metas.